segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Rue des Cascades - Yann Tiersen

Outra peça emblemática de Yann Tiersen é Rue des Cascades.

Este tema foi publicado no album "Rue de Cascades" de 1996 e era interpretado em colaboração com a cantora Claire Pichet.

No video que trago hoje, Yann Tiersen interpreta a solo, ao piano, no Festival Eurorock.




Como bonus apresento o video do tema "Monuments" que faz parte do ultimo album de Yann Tiersen : "Skyline"

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Bolero de Ravel - II

Pois ainda não consegui deixar o Bolero de Ravel.

Aqui fica mais uma versão por piano e percursão, interpretada por Katia & Marielle Labèque com três percursionistas bascos.




Também merece ser vista a coreografia do Ballet de Xin Peng Wang na Ópera de Dortmund.



E finalmente a coreografia completa de Maurice Béjart, apresentada pela Opera National de Belgique no Théatre Royale de la Monnaie, pela companhia "Ballet du XX ieme Siecle com o solista Jorge Donn.

A apresentação é do próprio Maurice Béjart:
"O Bolero de Ravel não é uma música espanhola. É uma obra abstrata, uma obra violenta, uma obra emotiva, onde se pode observar a luta entre uma melodia oriental e um ritmo implacável. Em cena não há contexto, não existe história. Um círculo de quarenta rapazes, sobre cadeiras, que na sua vez se levantam e, seguindo o ritmo, aumentam a força da música. No centro, sobre a mesa, um jovem solitário dança com o seu tronco, com os seus braços, com o seu corpo, a linha melódica. Eis o Bolero de Ravel, dançado por Jorge Donn e o Ballet du XX ieme Siecle."




terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Três Pianos - Bolero de Ravel

Uma das peças mais fantásticas da música, na minha opinião, é o Bolero de Ravel.

Composta entre Julho e Outubro de 1928 no Tempo di Bolero, moderato assai ("tempo de bolero, muito moderado"), o Bolero tem um ritmo invariável (escrito para semínima = 72, ou seja, com a duração teórica de catorze minutos e dez segundos), e uma melodia uniforme e repetitiva.

Deste modo, a única sensação de mudança é dada pelos efeitos de orquestração e dinâmica, com um crescendo progressivo e uma curta modulação em mi maior próxima do final, mas retornando ao dó maior original a apenas oito compassos do final.

Forma uma obra singular, que Ravel considerava como um simples estudo de orquestração. A sua imensa popularidade tende a secundarizar a amplitude da sua originalidade e os verdadeiros objectivos do seu autor, que passavam por um exercício de composição privilegiando a dinâmica em que se pretendia uma redefinição e reinvenção dos movimentos de dança.

Ficheiro:Portrait of Ida Rubenstein1.jpg
Ida Rubinstein
A origem do Bolero provém de um pedido da dançarina russa Ida Rubinstein, que encomendou a Ravel a criação de um balé de caráter espanhol. A estreia deu-se em Paris, na Ópera Garnier, em 22 de Novembro de 1928 sob direcção de Walther Straram, com coreografia de Bronislava Nijinska e cenários de Alexandre Benois. Uma das dançarinas foi a própria Ida Rubinstein, e a peça causou escândalo devido à sensualidade da coreografia.



O primeiro video que aqui trago é a interpretação de três pianistas portugueses, Bernardo Sassetti, Mario Laginha e Pedro Burmester, durante o espetáculo "Os Três Pianos" no CCB em Dezembro de 2005.

Esta peça vive de um tema que se repete, em crescendo, ao longo de 15 minutos. Quando interpretado por uma orquestra, é a entrada em cena de um número cada vez maior de instrumentos que vai dando forma a esse crescendo. É adição sucessiva de timbres e harmonias que faz com que a música cresça, evolua e se transfigure. Ao piano, essa liberdade não existe. Por isso, parece-me admirável como os três pianistas conseguem reproduzir esse crescendo, essa metamorfose constante, utilizando sempre os mesmos instrumentos.

Oiça e aprecie:



Espero que tenha ficado curioso em ouvir este tema interpretado por um corpo de dança e orquestra. Uma das coreografias mais famosas deste tema é a de Maurice Béjart.

MB01.jpg
Em 1961, o dançarino e coreógrafo Maurice Béjart criou sua versão para o Bolero, tornando-a uma de suas obras mais importantes.

Maurice Béjart, nome artístico de Maurice-Jean Berger, (Marselha, 1 de Janeiro de 1927 — Lausana, 22 de Novembro de 2007) foi um dançarino e coreógrafo francês.

Fundou em 1953, ao lado de Jean Laurent, Les Ballets de l'Etoile, mais tarde rebatizado de Ballet-Théâtre de Paris. Com o lançamento de seu primeiro grande sucesso, Symphonie pour un homme seul (1955), foi convidado pelo Théâtre Royal de la Monnaie, em Bruxelas, a criar um balé para seu corpo de baile: assim nasceu sua obra prima. Le Sacre du printemps, em 1959.

Coreografou mais de duzentos balés, a maioria deles para sua própria companhia. Em Bruxelas, Béjart fundou o Balé do Século XX, que por três décadas maravilhou o mundo da dança, até ser transformado, em 1987, no Béjart Ballet Lausanne. Seguidor de culturas orientais, imprimiu em sua obra a marca dos gestos brilhantes com uma produção sensacionalista, muitas vezes com inserção de trechos falados. Seus críticos atacaram os temas filosóficos exagerados e a forma arrogante de utilizar a música. Mesmo assim, atraiu várias estrelas da dança, como Rudolf Nureyev, Maya Pilsetskaya e Suzanne Farrell.

Em 1980, a coreografia de Béjart foi reproduzida pelo bailarino argentino Jorge Donn no filme Retratos da Vida (Les uns et les autres), do diretor francês Claude Lelouch.

Aqui fica um video desta coreografia de Maurice Béjart dançada pelo bailarino argentino Jorge Donn e pela companhia de ballet "Le Bejart Ballet Lausanne" no Palacio de Congresos de Madrid em 1989. 




E para provar que a sensualidade resulta igualmente bem no masculino como no feminino, aqui fica a mesma coreografia de Maurice Béjart, agora interpretada pela bailarina francesa Sylvie Guillem do Ballet da Ópera de Paris, aqui acompanhada pelo "Tokyo Ballet"





sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Primeira Viagem - Bernardo Sassetti

Outra peça de uma simplicidade enganadora de Bernardo Sassetti: A Primeira Viagem.

Segundo o músico:

"A PRIMEIRA VIAGEM é o título do tema para a coreografia do Rui Lopes Graça - no projecto UMA COISA EM FORMA DE ASSIM da Companhia Nacional de Bailado. O Rui foi muito claro: primeiro procuramos descobrir a música, depois vem a coreografia. Tentei respeitar ao máximo as ideias que lhe surgiram para este pas-de-deux, baseando a sua peça numa descoberta do corpo, feita a dois, através da sensação do primeiro beijo. Procurei muitas soluções até chegar ao silêncio. Então, parei e voltei à estaca zero. Esta peça exigia muita respiração no princípio do tema... e dois acordes chegavam para representar a bailarina e o bailarino. A partir daí o tema desenvolve-se de forma (quase) aquática, através das "imagens" que aqueles dois acordes - sempre como pontos de referência - me iam sugerindo.
Foi muito gratificante trabalhar com o Rui, pelo diálogo constante e pela confiança que demonstrou ao longo de todo o processo. Um forte abraço para ele e, claro, para os maravilhosos bailarinos deste pas-de-deux: Yurina Miura e Carlos Pinillos (no 1º grupo); Inês Moura e Frederico Gameiro (no 2º grupo). Muitas saudades vossas..."

Nós é que temos saudades do artista.

Aqui fica a oitava das "Timbuktu Solo Sessions"

domingo, 16 de dezembro de 2012

Comptine d’un autre été: L'après-midi - Yann Tiersen

Uma peça lindíssima que qualquer um pode tocar "Comptine d’un autre été: L'après-midi" de Yann Tiersen apareceu na banda sonora do filme "Le fabuleux destin d'Amélie Poulain" de 2001, realizado por Jean-Pierre Jeunet com a atriz Audrey Tautou.

Yann Tiersen, nascido em 1970, é um compositor francês que tem participado em muitas bandas sonoras. Ele é conhecido por utilizar um grande número de instrumentos musicais, como o piano, guitarras, sintetizadores, violinos, armonicas, xilophones, acordeão e até uma máquina de escrever.

Nesta peça é o piano que brilha.


Como primeira versão trago uma animação produzida por Aidan Gibbons que transmite toda a sensibilidade da peça.





O segundo video traz imagens do filme:




E para finalizar uma versão mais longa com variações do tema:

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A siciliana - Evgeny Kissin

Hoje trago uma pequena peça suave e leve de Bach - uma siciliana: A Siciliana do segundo andamento da sonata em Mi b maior - Opus BWV 1031 de J.S.Bach.

Esta composição está bem localizada no período clássico, não tendo formalmente os aspectos característicos do romantismo. Falta o arrebatamento e a afetação. É uma melodia clara, despretensiosa, sem ornamentos, ingênua, quase infantil.

A interpretação é de Evgeny Kissin, pianista de que aqui já falei e que esteve na Fundação Gulbenkian em Novembro de 2012. Nesta gravação tinha 19 anos.




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não é verdade


Carolina Deslandes, compositora e cantora portuguesa nascida em 1991.

O seu primeiro album,de 2012, contém este tema lindíssimo, onde é a batida do piano que lhe dá o ritmo, conduz mudanças sucessivas de acorde e cria todo o clima presente na canção.



"Não é verdade", interpretado por Carolina Deslandes.
Editado no album "Carolina Deslandes".